sábado, 14 de janeiro de 2012
ENDOMETRIOSE!! SE LIGA VOCÊ PODE TER OU CONHECER ALGUÉM QUE TEM!
O que é?
Endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero, que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais atingidos são os ovários e as trompas.
Qual a importância da endometriose?
A endometriose afeta a vida das mulheres em vários níveis. A vida conjugal pode ser prejudicada pela infertilidade e pelas queixas de dor na relação sexual. Além disso, problemas sociais e no trabalho costumam ocorrer pelas queixas constantes de cólica menstrual, dor no pé da barriga e nas costas.
A endometriose é uma doença frequente?
A endometriose é uma doença mais frequente do que as pessoas imaginam. Estima-se que 15% das mulheres entre 15 e 45 anos de idade possuem essa doença. Esse percentual sobe para até 70% quando a mulher apresenta história de infertilidade ou dor pélvica.
Como a endometriose aparece?
No momento da menstruação, parte do sangue eliminado passa pelas trompas e cai dentro da barriga. Esse sangue contém células que têm a capacidade de crescer em locais como o ovário. Quando o sistema imunológico responsável pela defesa do organismo não consegue eliminar essas células, a doença endometriose se estabelece.
É possível prevenir a endometriose?
Para estabelecimento da endometriose é necessária a presença da menstruação. Qualquer tratamento que consiga bloquear a menstruação por tempo prolongado pode impedir ou dificultar o surgimento da doença. Existem alguns medicamentos hormonais que são normalmente usados para esse fim. Nas mulheres que já tenham o diagnóstico de endometriose é importante o conceito da prevenção secundária, ou seja, impedir ou dificultar o avanço da doença.
Como é feito o diagnóstico?
A presença da endometriose pode ser suspeitada pela história clínica, pelo exame ginecológico e por alguns exames, como a ultra-sonografia. A certeza, porém, só pode ser dada através da biópsia feita durante a cirurgia. A cirurgia mais indicada é a videolaparoscopia, que consiste na introdução de uma microcâmera através de um pequeno corte no umbigo e na manipulação da cavidade abdominal através de instrumentos cirúrgicos delicados que são introduzidos através de pequenos orifícios no abdome.
Existe cura para a endometriose?
A endometriose não é um câncer e não leva à morte. Porém, não se pode garantir a cura definitiva da doença mesmo com o tratamento adequado. A base do tratamento é cirúrgica (muitas vezes no próprio momento do diagnóstico, durante a videolaparoscopia) e pode ser complementada por medicações hormonais.
Atualmente, embora ainda não exista cura para a endometriose, a dor e os sintomas da doença podem ser bastante reduzidos.
As principais metas do tratamento são:
:: aliviar ou reduzir a dor
:: diminuir o tamanho dos implantes
:: reverter ou limitar a progressão da doença
:: preservar ou restaurar a fertilidade
:: evitar ou adiar a recorrência da doença
O tratamento clínico das formas leves da endometriose, em mulheres que não pretendem engravidar, pode ser feito com anticoncepcionais orais ou injetáveis.
Em mulheres que pretendem engravidar, o tratamento pode ser feito com cirurgia e hormônios (progestógenos, danazol e análogos do GnRH)
O tratamento cirúrgico pode ser feito através da laparoscopia (preferencialmente) ou da laparotomia. Os implantes da endometriose podem ser destruídos pela energia do laser, coagulação bipolar ou ressecção com a tesoura. A maior parte dos sucessos terapêuticos ocorrem após uma primeira cirurgia bem planejada. Cirurgias repetidas podem piorar o resultado, pois aumentam a chance de aderências peritoneais, tão prejudiciais quanto a própria doença.
O mais importante no tratamento da endometriose é o planejamento das ações terapêuticas, em comum acordo com o planejamento da gravidez pelo casal.Em casos muito severos, a gravidez só será possível, através de técnicas de fertilização assistida e inseminação artificial.
A mulher deve permanecer em acompanhamento médico regular, pois mesmo após o tratamento pode ocorrer um retorno da endometriose.
Se você tem entre 15 e 45 anos de idade e apresenta as características abaixo procure orientação médica. Existe a possibilidade de ser endometriose.
:: Cólica menstrual intensa e que vem piorando nos últimos meses. A intensidade da dor costuma ser maior que o normal. Normalmente, a mulher com endometriose deixa de fazer as atividades habituais no período menstrual e o uso de anagésicos resolve apenas parte da dor. Com o tempo, a dor pode permanecer fora do período menstrual, tornando-se constante.
:: Dor profunda na relação sexual, muitas vezes sendo necessária a interrupção do ato sexual. Na mulher com endometriose, é frequente que a mesma evite ter relações para não sentir dor.
:: Dificuldade para engravidar após 1 ano de relações sexuais regulares no período fértil. A chance de ser endometriose aumenta quando o parceiro não apresenta problemas no espermograma e quando não há problemas de ovulação.
:: Ultra-sonografia, algumas vezes feita de rotina, revelando a presença de um cisto de ovário, habitualmente entre 3 a 8 cm, com sangue no seu interior. Pode corresponder a um foco profundo de endometriose no ovário.
:: Saída de sangue pela urina ou pelas fezes no período menstrual pode chamar a atenção para a presença de um foco profundo de endometriose na bexiga ou no reto. Nesse último caso, é comum a dor atingir a região do ânus.
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